Fotos: Arquivo Pessoal
Felipe da Silva Carvalho, 14
anos, deixou muitas lições de amor à família. Nascido em Santa Maria, ele era filho da dona de casa Regina Medianeira da Silva Carvalho, 51, e do mestre de obras Valdir Antônio Carvalho, 55.
Regina conta que o filho
nasceu com paralisia cerebral e autismo e, logo que completou um ano, enfrentou uma meningite. Desde então, precisou de cuidados especiais e muito amor, os quais nunca lhe faltaram, segundo a mãe:
- Eu o acompanhava em tudo. Meu marido e meus outros seis filhos também eram incansáveis em cuidar de Felipe. Ele foi muito amado.
Apesar das restrições de saúde, Felipe interagia com a família e adorava ter todos por perto. A mãe lembra que ele adorava ficar em casa, de preferência, curtindo a programação da TV.
Para a porteira Priscila da Silva Carvalho, 27 anos, fica a saudade de alguém que sempre demonstrava amor a quem convivia com ele.
- Logo que Felipe nasceu, a mãe trabalhava fora. Então, sempre ajudei a cuidar dele. Meu irmão era iluminado. Em casa, era o nosso ponto de luz - emociona-se, com saudade, a irmã.
Para Valdir, o filho tinha o sorriso mais lindo do mundo.
- Mesmo com as dificuldades que passava, ele estava sempre sorrindo. Para Felipe, nada era difícil. Não sabemos expressar o quanto aprendemos com ele. Com meu filho, aprendi a demonstrar amor a quem precisa - diz o pai.
Segundo Regina, o maior legado da pequena trajetória de Felipe foram as lições que ele deixou para a família. Com o filho, ela entendeu o quanto a vida deve ser aproveitada.
- Aprendi a dar valor a pequenas coisas, entre elas, a cada palavra dita. Agradeço pela oportunidade de tê-lo conosco por 14 anos. Nada é por acaso. A marca que ele deixou em nós se resume em uma palavra: gratidão.
Felipe da Silva Carvalho morreu em 12 de março, devido à falência múltipla de órgãos. Ele foi sepultado no dia seguinte, no Cemitério Ecumênico Municipal.
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